O pior está por vir

O pior ainda está por vir. Mensalão, dinheiro na cueca, doação de Land Rover, república de Ribeirão, absolvição geral dos mensaleiros...tudo isto será fichinha perto do que está por vir. Entre todos os escândalos, nenhum é pior do que cooptação que este governo está promovendo com diversos movimentos sociais do país.

A invasão da Câmara dos Deputados por parte do MLST mostrou a pontinha de um iceberg que vem flutuando há muito tempo pelo Brasil. A violência, a baderna e a destruição do patrimônio público já seriam suficientes para causar indignação. Mas as informações surgidas com o avançar das investigações, de que tudo foi financiado com dinheiro público, mostraram algo bem pior.

O envolvimento entre o atual governo e alguns líderes de movimentos sociais beira a promiscuidade. Lula aproveitou-se da proximidade com essas lideranças para amordaçá-las, o que explica as pouquíssimas ações do MST (contra o governo, diga-se de passagem, porque as invasões continuam). Difícil explicar também a UNE organizar um protesto pró-Lula (!) no mesmo dia em que o PSOL fez um movimento contrário ao presidente.

O episódio ocorrido com o MLST mostra que o governo está perdendo o controle sobre algumas facções. E o pior...Lula vai passar um dia, mas os movimentos sociais ficarão. E qual será a qualidade de movimentos cujos líderes estarão acostumados a mamar nas tetas do poder em troca de benefícios?

São líderes como Bruno Maranhão, do MLST, que conseguem enlamear movimentos autênticos, formados em sua maioria por gente simples e que acaba se tornando massa de manobra nas mãos de gente mal-intensionada. A continuar nesse pé, as coisas só tendem a piorar.