12.10.07

Aniversário Irlandês

Vou dar uma pausa nas histórias sobre a Grécia, apesar que ainda ter muito pra contar sobre aquela viagem. Quando voltamos de lá, eu e Ieda resolvemos mostrar um pouco mais da verdadeira Irlanda para minha mãe. Não que Dublin não seja Irlanda, mas pra sentir realmente um pouco do espírito irlandês é preciso ir para o interior.

Então alugamos um carro na sexta-feira, dia do meu aniversário e rumamos para o oeste, na região de Clare. Nós estivemos neste mesmo lugar no início do ano, mas fomos de ônibus o que torna a trip bem mais limitada. Desta vez, indo de carro, esperávamos conhecer bem mais desta região que é famosa pela sua beleza.

Minha mãe nas ruínas do monastério de Kilmacduagh - século XIII

No caminho fizemos uma parada nas ruínas de um monastério do século XIII. Programa típico por aqui são as visitas a ruínas de monastérios e castelos. Valeu a pena porque minha mãe ainda não tinha visto nenhuma round tower, construção típica nos monastérios. Os monges faziam essas torres altíssimas para proteger dinheiro, livros e pertences da igreja. A porta de acesso, para se ter uma idéia, era a quase quatro metros do chão. Ou seja, sob ataque, eles subiam na torre, puxavam a escada e se defendiam como podiam. Principalmente dos Vikings.

Mas voltando para estrada. O nosso destino, no primeiro dia de viagem, eram os despenhadeiros dos Cliffs of Moher. Trata-se de uma das paisagens mais fantásticas da Irlanda. Penhascos de até 200 metros, que debruçam-se sobre o Ocêano Atlântico. Valeu à pena voltar neste lugar até porque algumas reformas aconteceram desde a nossa primeira visita e desta vez pudemos conhecer uma parte que estava fechada no início do ano.

Os paredões dos Cliffs of Moher, entre o azul do mar e o verde da ilha esmeralda

No final da tarde rumamos para o vilarejo de Doolin, na estrada que vai para Galway, a principal cidade da região. Hospedagem providenciada, fomos atrás de uma refeição e um aconchegante pub. Nada difícil de encontrar, já que o vilarejo tem apenas uma rua principal.

Comemoração à moda irlandesa: música folk e Guinness. Na última foto, com Teddy, um dos músicos que tivemos a felicidade de reencontrar em Doolin.


Então encontramos aquilo que estávamos procurando: apresentar para minha mãe a música tradicional irlandesa em um pub centenário no interior. E, é claro, também apresentar a fantástica economia de se comprar uma cerveja por 3,50 Euros (em Dublin a média é de 5 Euros). Posso dizer que foi um dos melhores aniversários dos últimos anos. Comemorado com muita Guinness, boa companhia e com direito até de um parabéns - digo, happy birthday -cantado pelos músicos.

Na manhã seguinte fomos conhecer a nova atração da região, a Caverna de Doolin. O local vinha sendo preparado há mais de 20 anos para receber o público. O interior da caverna guarda a maior estalactite do Hemisfério Norte.


Equipadas para explorar Doolin Cave. No detalhe a estalactite, uma das maiores do mundo.

Na verdade, nos anúncios eles vendem o passeio para ver a maior estalactite do mundo. Mas logo na entrada da caverna o guia, responsável por nos acompanhar, quando soube que eramos brasileiros, apressou-se em dizer que a maior fica mesmo no Brasil - pra nossa surpresa. Dei uma checada na internet e parece que a caverna é esta aqui.

Alugou um carro e não gostou? Traga para Doolin que nós damos um jeitinho nele! Imagens de praias irlandesas. A moda verão aqui é um pouco diferente...

Dedicamos o restante do dia ao retorno a Dublin. Sem pressa. Fomos parando em algumas praias do litoral de Clare, curtindo a paisagem antes de cair na auto-estrada. Chegamos tarde em Dublin, devolvemos o carro no aeroporto e fomos felizes para casa por ter apresentado para minha mãe algo realmente original da cultura irlandesa.

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