3.3.08

O quiproquó sul-americano - parte 1

Pobre América do Sul

Não sou nenhum analista internacional. Tampouco sou cientista político. Sou palpiteiro mesmo, como a maioria das pessoas. Por isso resolvi escrever algo sobre o quiproquó que está rolando entre Colômbia, Venezuela e Equador. Ah! E tem também as FARC. É claro.

Antes mesmo de começar, já abro um parênteses: pobre América do Sul. Fecha parênteses. Está perdendo grandes chances de firmar-se política e economicamente – melhorando a qualidade de vida da população - em função de presidentes populistas e inconsequentes.

O pior é que eu já cheguei a me intusiasmar com figuras como Chávez e Evo Morales. Tinha comigo que seria importante ter vozes cantanto em outro tom que não fosse a do puro liberalismo econômico. Até considerei válida a atitude de Morales, em garantir a soberania dos recursos naturais do país.

Esses líderes (ditos de esquerda) deveriam conduzir um processo maduro de distribuição de renda em seus respectivos países que, aliado ao crescimento econômico, poderiam levar a uma nova discussão sobre que tipo de nação (enquanto bloco sul-americano) queremos ser.

Ao invés disso, o que vemos são personagens muito mais preocupados em se perpetuar no poder do que levar adiante propostas sérias de desenvolvimento. Hugo Chávez usa a polarização com os EUA como um dos seus principais motes. Mas não é segredo para ninguém que Estados Unidos e Venezula mantêm lucrativos contratos comerciais em torno do petróleo venezuelano.

Aliás, o petróleo – desculpe o trocadilho – é o principal combustível de Chávez. É por causa dele, do ouro negro, que o bolivariano fala grosso. Imagine agora um presidente sério, com compromisso tão e somente com seu povo, com os recursos naturais dos quais Chávez dispõe. Em vez disso, Chávez prefere dedicar-se a batalhas verbais com os EUA, referendos para prolongar seu governo, investimentos bélicos e bate-bocas em torno de sua República Bolivariana.

Em qualquer que seja o governo citado aqui, não quero fazer alusão de que resultados positivos não estejam sendo alcançados, mas quaisquer que sejam eles, eu os considero pífios diante da chance de fazer algo bem maior – no sentido imediato para os países e de um futuro para a América do Sul.

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