Minha fé no humor brasileiro

As malas que trouxemos do Brasil vieram repletas de boas lembranças. Entre as melhores lembranças estão os doces em compota que minha vó nos presenteou. Eu já estava preparado para sair no tapa com qualquer fiscal da alfândega que se atrevesse a tocar nos nossos doces. Felizmente não foi necessário.

Outra lembrança brasileira na mala: os dvds de filmes brazucas que sempre gostamos de rever. Um dia antes do embarque para Lisboa fomos a uma loja e compramos quase todos os títulos disponíveis. Pena que não eram muitos. Entre eles, revolvi investir em um disquinho que há muito tempo estava cobiçando: os melhores momentos da antiga série humorística TV Pirata.

Eu perdi as contas de quantas vezes, durante conversas sobre humorísticos da tevê brasileira, saquei o empoeirado argumento de que "hoje em dia não tem nada que chegue aos pés do TV Pirata; aquilo é que era humorístico". Então dia desses convoquei a Ieda (coitada) e nos sentamos para dar uma olhada no dvd. Que decepção. Não consegui encontrar graça em uma piada sequer!

Isso poderia significar o fim da minha esperança no humor brasileiro, uma vez que considerava a trupe da TV Pirata uma certa relíquia nesta área. Só existe um motivo pelo qual ainda não deixei de acreditar no bom humor brasileiro: