2.8.06

Cuba livre. Siempre

A notícia da internação de Fidel Castro e o seu afastamento do governo de Cuba gera nas pessoas sentimentos opostos. Acompanhei alguns comentários no Blog do Noblat e a maioria dos internautas comemorava a enfermidade de Fidel. Torcem para que ele morra. É normal esse tipo de reação, mas com as devidas desculpas às opiniões alheias, acho uma tremenda idiotice.

O regime em Cuba não é a quinta maravilha do mundo. Apesar de que sobrevive relativamente bem com décadas de embargo econômico. Tenho a curiosidade de saber como se sairia em condições normais de relações exteriores. O fato negativo é que para manter seu sonho, Fidel optou por se perpetuar no poder. E calar as vozes contrárias ao seu governo.

Para aqueles que defendem a abertura política em Cuba, é bom lembrar que em seus períodos democráticos a ilha foi um grande prostíbulo com praias paradisíacas no Caribe. Cassinos, gângsteres e drogas conviviam alegremente enquanto presidentes “democraticamente” escolhidos pelos EUA reprimiam ferozmente aqueles contrários ao governo. Entre eles, Fidel.

E para quem gosta de dizer que os EUA são sempre os bodes expiatórios, também é bom lembrar que a ilha já foi cobiçada por vários países, desde a Espanha de quem era colônia passando por ingleses, franceses e holandeses. Cuba está em um local estratégico comercialmente, tem clima tropical e um forte potencial turístico.

Brasileiro torcendo pela morte de Fidel e mudança de regime em Cuba só pode ser muito míope ou cercado de uma redoma intransponível, que não permite enxergar as porcarias que nossa grande democracia gerou. Daqui do Brasil, não temos o direito de falar nada de Cuba.

O comunismo funcionou? Não.
O capitalismo funciona? Não. E não venha falar em liberdade, porque esta está atrelada a quanto você ganha. Se não ganha nada morre de fome, como acontece aos milhares na África.

Só resta imaginar que falhamos.

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