15.2.08

Live After Death

Na semana que passou finalmente coloquei as mãos nesse DVD que fazia tempo que andava cobiçando. No meu aniversário de 15...ou 16 anos...(a memória já não funciona direito) eu ganhei o LP (ai caramba!) duplo Live After Death que ouvi quase até gastar a agulha (mais uma referência pré-histórica e páro de escrever).

A vantagens desses álbuns duplos é que eles abriam e ficavam parecendo pôsters perto dos CDs. Enfim, desde aquele tempo uma das coisas que mais desejava era ter estado no show do Maiden no Rock in Rio de 1985, mas até eu era jovem demais para poder ter ido.

Teria me contentado em ver o show em VHS, mas na época não era assim tão fácil o acesso a mídias. Talvez fuçando, mas fuçando muito mesmo em lugares como a Galeria do Rock, em São Paulo. Porém nunca tive essa sorte.

Uns dois anos atrás com uma mãozinha do E-mule consegui baixar o Live After Death. Gravei o DVD e vi em casa. Feliz. Mas vou dizer algo: só sendo muito fã, porque a qualidade era muito podre. Mas e daí? Enfim estava vendo em movimento aquelas imagens que cansei de olhar no encarte duplo do bolachão.

Posso imaginar o número de fãs que passaram pela mesma situação que eu vendo como o Maiden está lotando estádios com a nova turnê baseada na turnê de 85. Foi atrasadinho, mas bem vindo o lançamento desse DVD do Live After Death. E tome o Iron Maiden fazendo mais grana fácil por conta da paixão dos fãs. Esses caras fizeram escola nesse negócio.

Mas vamos ao DVD. Essa é metade de um review, porque ainda não terminei de ver todo o DVD. Fui seco no show em Los Angeles, no Long Beach Arena, que originou o álbum. É fantástico, apesar de que a captação de som da época para o vídeo não devia ser a mesma daquela usada para gravar o disco. Falta um pouco de balance entre os instrumentos, que ficam um pouco mais baixos do que deveriam em relação à voz. Nada que prejudique para valer. Mas quem nunca ouviu o disco pode estranhar.

Vi também a parte que eles documentaram a apresentação no Rock in Rio. A produção do Long Beach Arena é mais caprichada, até porque foi preparada para gravação do vídeo. Mas no Rock in Rio as coisas são um pouco mais espontâneas, com direito ao Bruce sangrando a testa (parece que a história é que ele quebrou um violão com a cabeça ou algo assim) e apagando com os pés alguns dos truques pirotécnicos.

Dei uma espiada nas apresentações na Polônia, quando esta ainda pertencia a ex-União Soviética. O melhor dessa parte são uns detalhes da turnê, como os caras viajando em busão lata velha pela Polônia, além dos depoimentos dos fãs e organizadores que raramente viam shows daquela proporção por lá naquela época de cortina de ferro. Ah, vale também ver os caras tocando Smoke in the Water, do Purple, num casamento polaco. Histórico.

Falta ver a parte do documentário sobre a história da banda, se bem que dalí não espero muitas surpresas. Surpresa mesmo eu espero para julho, quando pretendo ver ao vivo e a cores essa nova turnê. Já garantimos tickets para ver a perna européia em Portugal, em um festival chamado Super Bock Super Rock. Se os caras do Maiden não estão velhos demais para continuar ganhando grana e fazendo turnês por que diabos eu estaria muito velho para ir vê-los?

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