19.2.08

- Brasil

Assim como existem coisas do Brasil que sinto enorme falta, também existem algumas especiarias das quais manteria distância eternal. Andei listando e o resultado é este abaixo:

Programas dominicais da TV – é uma tristeza sem fim. Aquele calor, nada para fazer a não ser esperar a segunda-feira e zapear os canais: em um Domigão do Faustão, no outro Gugu, no outro Raul Gil e assim vai. Aqui sempre tem uns bons filmes no domingo e, na pior das hipóteses, tem algum programa sobre o mundo animal. É mil vezes mais interessante saber da vida da ratazana cinzenta do Cazaquistão do que da vida da Suzana Vieira em mais um Arquivo Confidendial do Faustão. Arrê!

Carnaval – só existe um aspecto positivo sobre o carnaval: quatro dias de feriado. Perfeitos para se mandar para o meio do mato ou uma praia deserta e esquecer as bebedeiras, baixarias e barulheira. Isso e coisa pra gringo. Tô fora!

Salário de fome – é o mesmo pra todo mundo no Brasil: quatro ou mais anos num banco de faculdade, os pais se matando para formar os filhos e no final o prêmio é um salário de fome, que mal dá para pagar as contas. Por aqui, com a cabeça no lugar, ganhando salário mínimo, é possível ainda guardar um dinheirinho no fim do mês.

Assunto futebol na segunda-feira – taí um tema do qual até já tentei me interessar. Cheguei inclusive a participar das rodinhas sobre o assunto na época do colégio. Mas não deu. Acho um saco aquele negócio de sempre: quem torce pro time que ganhou tira sarro. Quem torce pro time que perdeu sempre fala do impedimento que o juiz não marcou. Aqui toda segunda-feira a gente reclama do clima. Bem mais divertido.

Pagode – até arrepia o pêlo das costas pensar num pagodinho! Ah! Aquelas letras cheias de conteúdo, o visual fashion dos artistas (?!) e as tietes que faltam morrer pelos seus ídolos. O eixo do mal são as apresentações de grupo de pagode no domingo nos insuportáveis programas acima citados. Caso pra anti-depressivo com vodka balalaika.

Abadá – pelo amor de Deus, alguém pode explicar por que uma camiseta leva esse nome ridículo durante as famigeradas micaretas? Me desculpe quem gosta, mas tostar uma grana razoável numa camiseta pintada numa cor ridícula pra ficar num cercadinho, protegendo a namorada de um bando de tarados é um programinha bem de índio.

Micareta – já deu pra perceber que não gosto de micareta também né? Tem gente que vai falar que carnaval e micareta é tudo a mesma coisa. Pois eu discordo. Acho que a segunda é bem pior. Pelo menos carnaval tem época para acontecer, já esse negócio de micareta é invenção para quem quer matar servico no dia seguinte ao evento. Causa: bebedeira excessiva ou olho roxo ocasionado por algum palhaço que sentiu-se ofendido porque você reclamou dele ter passado a mão na bunda da sua namorada. Triste.

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