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20.7.09

A pulga...

Tem uma frase que vem martelando há algum tempo aqui na minha cabeça. E o engraçado é que toda vez que eu a esqueço sempre tem alguém para me lembrar. Não sei se ela já foi dita por alguém...eu acho bem possível que sim, porque faz todo sentido. De qualquer forma, se não foi, digo eu:

As pessoas que costumam orgulhar-se de dizer o que pensam e de serem sinceras geralmente não estão preparadas para ouvir a verdade.

Pronto. Disse.

15.7.09

O Sierra continua vivo!

Como não poderia deixar de ser, com as atividade sérias do Comboio Lisboa, acabou acontecendo o inevitável: a produção aqui no Sierra caiu consideravelmente.

Mas isso não significa de forma alguma que eu o tenha abandonado. Muito em breve, inclusive, ele voltará ter uma importante função diarística (hum?).

De qualquer forma, para provar que o Sierra continua bem vivo, aqui vai um vídeo que reflete bem este estado de espírito (o de estar vivo, claro!). E nervoso! ;-)


30.5.09

Sobre esposas e cães...

A Ieda estava com problemas com o microfone da câmera e pediu que eu a ajudasse com uns testes. Eu, na maior boa vontade e inocência, fui lá testei, paguei mico etc. Era para ficar dentro do círculo familiar, mas não...ela pegou a gravação, editou, usou minha senha do Youtube e publicou.

Eu tenho que confessar que achei até engraçadinho até o dia seguinte quando cheguei em casa e encontrei um dos meus livros prediletos despedaçado pelo Ollie.

Então a Ieda me relembrou algo que eu disse a ela em uma certa altura e que eu já havia esquecido: a gente só se dá conta que tem um cão quando ele destroi algo que você gosta muito. E continua adorando o desgraçado do cachorro! Esposas sabem de tudo...


14.5.09

Minha câmera ficou pronta!!!

Em tempo para maratona fotográfica deste fim de semana!!! Obrigado meu São Sebastião Salgado!!! Prometo fazer boas fotos e manter minhas objetivas sempre bem limpinhas.

14.4.09

O Comboio está de partida

Voltei. E com uma das novidades que andava alardeando. É o seguinte: estamos com um blog novo no ar. Sim, ESTAMOS. Cansei da Ieda posando só de editora aqui do Sierra e resolvi colocá-la para trabalhar. Sendo assim, juntamos esforços para montar um blog sobre um assunto específico de nossas vidas: morar em Lisboa.

O resultado de algum tempo de conversas, escolha de direções, visual etc foi este:


Mas calma! Não me abandone. Ainda tenho alguma coisa para dizer. A primeira delas é que o fato de me dedicar a outro blog não significa que eu vá deixar o Sierra Maestra de lado. Adoro este blog por vários motivos. Primeiro porque foi por causa dele que ganhei gosto por esse negócio de blogs. Em segundo lugar, porque ele já acumula um bom número de histórias desde que foi criado, há mais ou menos três anos.

O Sierra é um espaço livre onde eu posso publicar o que me der na veneta. O que é ótimo. Por outro lado, não há nenhum diferencial em relação a muitos blogs que existem por aí. Ele não trata de um tema específico, não tem sérias obrigações de atualização ou um projeto. O Sierra é igual a mim. Taí no mundo, para o que der e vier.

Com o
Comboio Lisboa a idéia já é um pouco diferente. É levar a idéia de um blog mais a sério, mas sem que a gente se leve demasiadamente a sério. Fazer algo um pouco mais organizado e objetivo, mas sem perder o foco de que, com isso, pretendemos nos divertir e fazer o que gostamos.

Ok. Falei, falei, falei e não falei nada né? Esse sou eu. Mas é simples. O
Comboio Lisboa nada mais é do que um blog sobre a experiência de brasileiros que vivem em Lisboa (incluindo os dois cidadãos que fazem o blog). E vamos tentar explorar ao máximo o tal do multimídia, com fotos, vídeos, textos, links etc etc etc.

Fica o convite para quem lê o Sierra Maestra. Dê um pulinho por lá. Comente, deixe sugestões e críticas. E eu continuo por aqui também. Ah! Para dar uma conferida no
Comboio Lisboa basta clicar na imagem acima ou então aqui, ó:

www.comboiolisboa.com (Assim mesmo, ".com"! Ta pensando o quê? ;-))

12.3.09

Morte às secretárias eletrônicas

Queria entender a obsessão das pessoas em quererem ser encontradas. Sério. Desde a invenção da secretária eletrônica ninguém tem uma desculpa para não querer falar. Imagine a cena. O cidadão compra um telefone e em pouco tempo conhece mais pessoas com quem não deseja falar do que o contrário. Na sequência instala uma maldita secretária eletrônica. Para quê? Para que as pessoas com quem o sujeito não quer falar tenham o opção de deixar uma mensagem.

- Fulano, eu te liguei a semana toda! Estava doido para falar com você!

- Aham, eu sei...é que eu não parei em casa, entende?

- Ahhhh....mas eu deixei "ene" recados na sua secretária eletrônica!!!

Viu? O cidadão torna-se escravo destas malditas secretárias que nunca dormem, nunca param para o lanche e nem arrumam um marido.

Como a tecnologia também vem acompanhada de uma boa dose de chatice, inventaram o celular. Pronto. Foi o enterro da privacidade. Já viu gente doente por celular? É aquele tipo que não admite ligar para um aparelhinho desses e encontrar uma caixa de mensagens. Ou então aquele xarope insuportável que resolve atender um celular que parece mais uma árvore de natal dentro do cinema.

Daí inventaram o e-mail. O chato, que antes deixava "ene" recados na sua secretária e não parava de ligar no celular também resolve entupir a sua caixa de e-mails. Como não bastasse, ele ainda manda o e-mail com uma droga de pedido de recepção, para certificar-se que você leu a porcaria que ele mandou.

Então você resolve não atender telefone, ignorar as mensagens na secretária eletrônica, remover a bateria do celular e apagar todos os e-mails do pentelho. E como um zumbi eletrônico ele te chama no MSN quando você está trabalhando (mesmo que você coloque um sinal bem grande de OCUPADO).

Um dia eu estava checando meu e-mails quando uma mensagem apareceu do nada no meio da minha tela. Olhei o MSN e estava desligado. Daí eu verifiquei a origem daquela esquisitice e tratava-se de um comunicador dentro da minha caixa de e-mails, que habilita as pessoas a saberem quando eu estou online. Desativei.

Outro dia estou eu bisbilhotando a vida alheia no Orkut e acontece o mesmo: alguém descobre que estou online por causa de outro comunicador que tem agora dentro do Orkut. Desabilitei. O negócio parece um Exu virtual. Quando menos espera desce de algum lugar e te encontra.

Na verdade nós merecemos essa chatice toda porque nós escolhemos nos tornar escravos de coisas que deveriam tornar as nossas vidas mais fáceis. Mas que no final só complicam ainda mais.

4.3.09

Projetos pipocando lá e cá

Faz uns dias que não apareço aqui pelo Sierra. Eu sei. Aliás, ando desligado de vários outros lugares (virtuais ou não) para me dedicar a uns projetos que estão pipocando por aqui e ali. Alguns vão levar um pouco mais de tempo para virarem realidade. Outros dependem também da aprovação de terceiros. Mas tem um, em especial, que está quase pronto e não demora nada nada para ser revelado. Mas eu adianto algo: é um projeto que envolve internet e jornalismo. E tenho ainda a Ieda como cúmplice do negócio. Será que vai prestar?

23.2.09

Fragmento de Olhares










É com orgulho que eu indico aqui um blog de alguém que tem muitos atributos. Trata-se de uma mulher de coragem e lutadora, grande profissional, pessoa equilibrada, racional e o principal: é minha irmãzinha!!! Finalmente ela resolveu contar ao mundo o que se passa naquela cabeça organizada de arquiteta (a do irmão, jornalista, é uma bagunça) por meio de seu blog, o Fragmento de Olhares. Tenho certeza que será um espaço repleto de boas idéias!!!

17.2.09

Ollie, antes e depois

Tem alguns dias que não cito o nome desse cidadão aqui no blog. Depois que a gente voltou do Brasil ele nos deu um trabalhão danado. Andou doente, com princípio de pneumonia e até ficou internado por dois dias para tratamento. Voltou uma lástima de lá. Parecia aqueles moleques ranhentos. Levou mais uns dias, mas felizmente o Ollie se recuperou e a pior fase do inverno já passou.

No último final de semana, aproveitando a melhora dele e do clima, mandamos o indivíduo para seu primeiro banho e tosa. Estava mais que precisando. Largamos o indigente na porta do petshop e quando fomos recolhê-lo nem acreditamos. Parece até que tinha tirado CIC e RG! O problema é que está se achando agora.

5.2.09

O novo Sierra Maestra

Então aí está o novo visual do Sierra Maestra. Não fiquei completamente contente, mas precisava urgentemente definir uma cara para o blog. De fato este espaço ultimamente tem refletido bastante meu estado de espírito. Tenho carinho por ele, pois nos arquivos já há uma boa quantidade de boas lembranças, mas está bastante largado. Vou tentar retomar aos poucos o trabalho com o blog e tentar melhorar este layout. Por enquanto as postagens vão ficar em um ritmo mais lento.

23.1.09

Fiz M...

Então. Daí que eu estraguei a barra lateral aqui do lado direito do blog. Faz tempo que eu gostaria de uma terceira coluna e ontem, fuçando alguns templates encontrei um que será perfeito para o que eu estou querendo. O problema é que entre um teste e outro acabei perdendo a organização toda que eu tinha feito aqui do lado. Os vídeos, contadores, barras, separadores, fotos...foi tudo pro beleléu.

A má notícia é que o blog vai continuar uma zona até eu colocar a casa em ordem (espere até ver o novo template sem a formatação - terrível). A boa notícia é que depois que eu terminar ficará tudo mais organizado. Pretendo manter o mesmo estilo de antes, porque o prazo de validade dele ainda não venceu. Além disso, vou terminar o Enquanto a Banda Passava e dar início a uma nova idéia que ainda é surpresa.

10.1.09

I´m back
Resolução de Ano Novo


Eu poderia chamar esse post de ¨O Retorno dos que não foram¨, já que não havia sequer comentado por aqui que estava de saída. Foram 20 e poucos dias ensolarados e felizes no Brasil. Nem é possível mensurar o quanto a saudade batia no peito. De certa forma fui entender mesmo quando estava por lá, perto das coisas e das pessoas que amo.

É claro que não foi possível fazer tudo que queria e ver todos que gostaria. Por sinal, faltaram muitas pessoas na minha lista de encontros. Culpa das distâncias que ainda separam esse nosso brasilzão, do pouco tempo e da falta de passagens aéreas mais em conta. Vou guardar a saudade no peito por mais uma temporada e usufruí-la com ainda mais vontade na próxima ida ao Brasil. É uma promessa e um pedido à Deus.

De qualquer forma aqui estamos nós, com um ano novinho em folha pela frente para ser desbravado. Estive pensando sobre minha lista de desejos para 2009 e cheguei a conclusão de que eu mais quero mesmo é de fato um ANO NOVO. Eu tenho uma teoria meio maluca da qual a Ieda discordou no dia em que eu contei para ela. Para dizer a verdade, eu não a condeno por discordar, porque é uma teoria realmente muito esquisita.

Na minha cabeça, um ano muitas vezes não termina em Dezembro e começa em Janeiro. Eu penso que os anos terminam e começam de acordo com fatos marcantes que acontecem em nossas vidas. Por exemplo: para mim o ano de 2007 começou em novembro de 2006, quando embarcamos para uma aventura na Irlanda. Houve um plano mais ou menos traçado que foi seguido à risca durante cerca de um ano e meio. E que bom que esse ano durou mais de doze meses! Foi um ano muito legal!

Então 2007 só terminou em meados de abril de 2008, quando todos os planos foram retraçados e mudamos para Portugal. Foi quando demos de fato início ao novo ano, a uma nova vida. Pouco mais de oito meses depois, gostaria que o ano de 2008 fosse oficialmente encerrado. Mas isso não depende do calendário, percebe? Isso depende da gente! E vou trabalhar para que Janeiro seja realmente o início de 2009, que não tem data para terminar. Quem sabe?

Nada é tão bom ou tão ruim que dure para sempre.

Mas não me entenda mal. Os últimos meses em Portugal foram especiais. A experiência de morar por aqui tem sido maravilhosa em vários aspectos. Tanto que voltamos. Mas eu desejo algumas mudanças que, espero eu, acontecerão e serão contadas aqui no Sierra. Para isso eu conto com dois reforços de extrema importância: Deus, em quem confio acima de tudo e na Ieda, cuja força, energia e inspiração me completam e me movem sempre para frente.

27.11.08

Contra o câncer de mama









Ao longo da vida a gente trava muitas lutas. Mas Deus escolhe (e eu tenho certeza que Ele tem lá seus motivos) algumas pessoas a dedo para travar uma das batalhas mais difíceis de que se tem conhecimento: o câncer.

Nem com todo o avanço da ciência e da medicina conseguiu-se chegar a um tratamento que possa garantir 100% o resultado. O que existe são histórias de lutas, cujo desfecho depende novamente muito da mão Dele e da força com que a pessoa escolhida encara o problema.

A batalha deixa marcas nas pessoas que pela doença são acometidas bem como nos familiares e nos amigos. O câncer levou meu irmão ainda pequenino. No ano passado uma tia querida também foi levada depois de ser acometida por um câncer de mama que espalhou-se posteriormente.

Eu creio que as perdas acontecem para que possamos crescer espiritualmente de alguma forma (apesar de que na maioria das vezes é muito difícil entender e lidar com a perda). Por outro lado uma vitória da vida tem que ser celebrada e tomada como exemplo de que é possível superar a doença.

Recentemente minha tia, irmã da minha mãe, venceu uma dura luta contra o câncer de mama. A madrinha da Ieda, uma das pessoas mais positivas que conheço, também teve uma longa batalha - de anos -contra o câncer de mama e venceu.

Mas eu decidi fazer esse post por dois motivos. O primeiro era para aderir a Campanha "Linda de Viver" do blog Trendy Twins e dar uma contribuição com as histórias acima citadas. O outro motivo do post era para parabenizar a Ana Seckler, que inspirou a campanha com um depoimento fantástico sobre como venceu o câncer de mama.

Conheci a Ana por meio do Sierra e do blog dela, o Pensamentos Fugitivos. Apesar da gente não se conhecer pessoalmente a Ana tornou-se uma amiga de primeira hora. Tanto que comento com a Ieda (de quem também se tornou amiga) que as vezes parece que a gente conhece a Ana há anos. Deve ser por causa dessa alegria de viver que ela erradia.

Parabéns, Ana!

21.11.08

Tarde Lisboeta
Era uma tarde de outono como outra qualquer. O vento gelado varrias as ruas da baixa quando meteu-se naquele buraco. Gostaria de trazer consigo todo os seus problemas, enterrá-los naquele subterrâneo e torcer para que nenhuma alma infeliz o encontrasse.

Olhava para os rostos que iam e vinham. Alguns tinham o celular colado a orelha. Outros olhavam para o relógio, ansiosos por chegar em casa. Aquecerem-se nos braços de alguém que lhes esperava.

Ela não tinha ninguém. Mais uma vez penduraria o casaco atrás da porta, colocaria a chaleira no fogo e aguardaria a água ferver para preparar o chá. Gosta da bebida amarga, como sua vida. Irá sentar-se junto a janela a pensar como e quando dar fim a tudo isso. Talvez hoje.

Posicionou-se na plataforma com as mãos nos bolsos. Tão fácil, pensou. Só mais um passo. Olhou para o outro lado da linha e viu um rosto que lhe pareceu familiar. Como era mesmo o nome dela? Lembrou-se. Mas quando fez menção de chamá-la uma parede de aço escorregou entre elas. Ouviu um apito e quando a parede voltou a mover-se a garota havia sido levada.

 
Olhou o tubo de metal contorcer-se para dentro da escuridão até sumir. Com aquele rosto amigo iam-se lembranças de bons tempos. De risadas, bebedeiras e calor humano. Quando virou-se novamente deparou-se com um porta que se abria. Distraída, não percebeu quando um rapaz com sacolas saltou em sua frente e deu um leve empurrão em seu ombro.
Entrou lentamente no vagão e sentou-se perto da janela. O rapaz com as sacolas sentou-se a seu lado, mas ela não viu seu rosto. Continava o olhar o breu e os pequenos pontos de luz que passavam rapidamente. Não tinha interesse pela história que poderia existir ao seu lado. Há muito tempo que tinha perdido a vontade de fazer novas amizades.

Uma voz eletrônica veio do alto falante:
BAIXA-CHIADO
Desceu na estação e deixou seu corpo fluir com a massa que deixava o vagão. Pegou as escadas rolantes e quando atingiu a superfície a noite já havia praticamente engolido os prédios e as pessoas. Um vento gelado lambeu a sua face e acariciou seu cabelo. Era como se a cidade insistisse em fazer as pazes com ela. Em vão.
Então atravessou a rua e notou que o cheiro de sardinha, que havia se espalhado pela cidade durante todo o verão tinha desaparecido. Ao invés dela, havia um perfume quente e aconchegante vindo da esquina. Dirigiu-se até a coluna de fumaça e o aglomerado de gente que alí havia. Descobriu um vendedor de castanhas torradas.
Decidira comprar uma dúzia antes de voltar para casa e esperou a sua vez de ser atendida. Mas deu um passo para trá e pôs-se a observar as pessoas que alí estavam. Percebeu que cada uma delas levava de lá mais do que um pacote com castanhas. Observou então o senhor que escondia-se atrás de um velho boné e da fumaça.

Ela ficou a observar a simples felicidade daquele homem. E sentiu inveja. Deus, como sentiu inveja! Então esperou que o último cliente fosse atendido e ficou parada em frente do carrinho. Eles não trocaram uma palavra sequer. O senhor encheu um pacotinho em forma de cone com castanhas e passou às mãos dela.
Quando ela estendeu as mãos sentiu o calor do conteúdo através da embalagem.

Segurou pacote e olhou nos olhos do vendedor. Eram como se aqueles olhos tivessem também saído do interior dos tachos fumegantes. Há quanto tempo não sentia-se aconchegada daquela forma.

Meteu a mão no bolso do casaco e tirou uma nota de dez Euros. Entregou e recebeu em troca algumas moedas, que colocou também no bolso sem conferir.Ficaram ainda mais alguns segundos mirando-se através da fumaça até que outra pessoa chegou e pediu uma porção de castanhas.

Então virou-se e começou a caminhar em direção à sua casa enquanto segurava com as duas mãos o cone. Sentiu-se aquecida.

Subitamente percebeu que havia feito as pazes com a cidade. Parou. Olhou em volta e percebeu os belos enfeites de Natal. Entendeu que alí, em frente daquele carrinho, tinha encontrado a resposta para aquilo que buscava. Na bondade dos olhos daquele senhor e no sorriso sincero que ele lhe oferecera sem pedir nada em troca.

Sorriu. Descascou mais uma castanha e levou-a à boca. Dalí em diante tudo ia ser mais simples.

20.11.08

Eles podem até ter um dos jogadores mais caros do mundo, que tem Ronaldo no nome e possui grandes chances de ser eleito o melhor jogador do mundo em alguns dias.

Nós podemos ser muito pé-frios e ter um treinador que é odiado por 9 entre 10 brasileiros. Apesar dos pesares não deu para eles desta vez e o Brasil foi um péssimo anfitrião no jogo contra Portugal. Castigou o convidado.

A princípio não entendi a tristeza do jornaleiro de quem compro jornais todos os dias (a partida foi transmitida aqui à meia-noite de ontem e não vi o resultado). Só depois de bater os olhos nas manchetes é que fui entender. Foi mal.

Confira abaixo a capa de alguns jornais portugueses de hoje (clique para ver ampliado).


12.11.08

Ollie - melhores momentos

Fiz um videozinho com alguns bons momentos do Ollie em casa. Desde que ele chegou, há mais ou menos um mês, que nossa vida mudou.

Esquecemos o que é ter um apartamento arrumado por muitos dias. Virou hábito encontrar chinelos e meias destroçados. Quando menos se espera lá está ele fazendo xixi no tapete do banheiro...

Mas em compensação nada paga a festa que ele faz quando chegamos em casa depois do trabalho ou um convite para uma correria pela casa. É uma figura!

5.11.08

Yes, they did the right thing!



















Que venham novos tempos. Inicia-se a contagem regressiva para Bush desocupar a Casa Branca. Que ele vá com os seus Deuses (da guerra) para bem longe! Yes, they did!

4.11.08

Yes, he can (e os idiotas também)

Daqui a pouco começará a apuração dos votos por meio de um bagunçado sistema eleitoral que deu um dia a um idiota o comando da nação mais poderosa do mundo. Está certo que a culpa não é só do sistema. O fato é que esta nação é composta por uns bons milhões de idiotas, que votaram (e votam) em massa em um dos seus.

Mas amanhã, quando passar pela banca e comprar meu jornal, espero encontrar na capa a notícia de que os idiotas foram derrotados desta vez. Para o bem dos EUA e do mundo, ninguém merece mais quatro ou oito anos de administração Republicana. Teriam eles aprendido a lição?

Não sei. Nunca subestime um idiota. Nos EUA eles não se deram por satisfeitos e reconduziram seu representante máximo para um segundo mandato quatro anos atrás.

Veja também o exemplo do Rio de Janeiro. Por lá, havia a possibilidade de mudança. Não uma promessa, mas uma esperança. O jogo sujo prevaleceu. Mas pior do que isso, a idiotice prevaleceu. O governador, aliado do candidado ¨esqueçam tudo o que eu disse no passado¨, decretou feriado na segunda-feira após as eleições.

E o que aconteceu? Os idiotas foram para praia! Trocaram a possibilidade de um governo diferente de todos que tiveram anteriormente por um dia de folga. A manobra do governador deu certinho. Caso tivessem comparecido às urnas, os cariocas poderiam ter mudado o rumo das eleições. Mas não. Devem ter se achado muuuuito ixxxperrrtossss curtindo o feriadão prolongado!

Mas eu tenho fé que as coisas devem seguir bem nesta madrugada e os americanos conduzirão à presidência um sujeito - que, a semelhança do outro, lá do Rio - representa esperança de novos tempos. Pelo sim e pelo não é bom sempre ficar atento. Veja abaixo no episódio dos Simpson até onde os Republicanos podem chegar para conseguir alguns votos:



Update (05/11 - 10:50 am): Obama venceu e mostrou que os idiotas podem sim ser derrotados. Ainda há de chegar a vez do Rio de Janeiro. Por coincidência nesta manhã encontrei um comentário bem interessante do Arnaldo Jabor sobre o assunto. Para ouvir na Rádio CBN, clique aqui.

29.10.08

Enquanto a banda passava...

XI - Os bastidores do festival

Em geral eu tenho intercalado essa história com outros assuntos para não encher a paciência. Mas diante das inúmeras manifestações (lá vem a Ieda criticar agora a multidão que se manisfestou) que o post anterior gerou, resolvi mostrar algumas provas e revelações dos bastidores daquele fatídico dia do Festival Canta Encanto. Vamos aos fatos.

O primeiro: confiram o entusiasmo do Pablo em fazer parte da banda Clepsidra. Dá bem para notar que a escolha do nome realmente elevou a auto estima do grupo. Ainda é possível ver o Murilo comentando o nome pelo qual a banda de fato já estava se tornando conhecida. Veja:



Agora, abaixo, nós temos o Caio em um surto de otimismo em relação ao resultado do concurso. É claro que ele se decepcionou, o que nós vamos conferir alguns vídeos abaixo.



O vídeo a seguir eu já apresentei para a Ieda e mesmo assim ela não se convenceu de que havia uma multidão na platéia. Reparem na minha figura passando lá trás enquanto tinha um ataque de nervos. É claro que um olhar mais atento vai revelar parentes e amigos, mas mesmo assim convenhamos que era uma boa audiência para um domingo de manhã. E olhe que nós fomos o último grupo a se apresentar.



Neste vídeo nós podemos notar o real motivo pelo qual o Pablo queria tirar a roupa. Não é possível ver nenhum ser humano do sexo feminino entre o grupo. O fato é que Pablo tinha sua própria torcida organizada que não só apoiou o grupo como também escreveu aquele nome medonho certinho no cartaz. Só pode ter sido cola do Pablo...



Ainda um rápido comentário sobre o vídeo acima. Vocês viram o que o cara escreveu sob o Clepsidra? The Time is Over. Ou seja, a gente nem tinha começado a tocar ou se apresentar e o sujeito já estava decretando o fim do nosso tempo. Também com um nome desses...

O vídeo abaixo é meu atestado de rendição a Ana Sekler. Mas não sem luta. Ana, eu não encontrei nenhum momento em que o público grita Epilepsia. Mas um doido gritou por um outro tipo de doente. Serve? Pelo jeito a nossa banda já estava na UTI e a gente não sabia.



E para fechar com chave de ouro, os comentários que o Caio nunca fez sobre o resultado do concurso. A propósito: o sujeito chamava-se Marco Aurélio como é possível ouvir quando eu o chamo. Ele resolveu mudar o nome para Caio porque...eu nunca entendi o porquê. Deve ser esquizofrênico para completar.

26.10.08

Enquanto a banda passava...

X - Epilepsia
Bônus: outro vídeo

Com a furada do Gustavo, voltamos a colocar anúncio na lojinha de instrumentos. Em apenas alguns dias um figura me ligou e disse que estava interessado em tocar. Naquela época eu pensei que a coisa ia complicar, pois não se tratava de um amador com uma bateria reformada. O baterista, chamado Caio Mathion, tinha uma bela Mapex e muito mais experiência do que todos nós juntos.

Um acerto aqui e outro ali, passamos o repertório para o Caio e em poucas semanas estavamos já bem entrosados. A chegada do Caio deu outro salto de qualidade na banda, porque todos passaram a se esforçar ainda mais. O cara mostrou que não estava para brincadeiras mesmo.

Tanto que nossos ensaios passaram da minha casa para casa do Caio e aconteciam religiosamente às nove da manhã do domingo. A mãe dele era um anjo, bem como a vizinhança!

Aproveitando o embalo, resolvemos nos inscrever no festival de música, chamado ¨Jundiaí Canta Encanto¨. Só podiam participar bandas com músicas inéditas e, apesar de já ter ¨A Cachaça¨ pronta, decidimos que aquela música não continha um linguajar muito apropriado para um festival em que as pessoas compareciam com a família. Nota: Porque diabos a gente não inscreveu A Cachaça???

Foi então que eu e o Pablo, numa madrugada chapada, compusemos uma outra música usando uma letra que eu havia escrito. A letra, por sinal, era bastante introspectiva. Não era uma melodia lá muito fácil de se encaixar a bateria, mas o Caio fez um bom trabalho.

E assim foi feito. No dia da apresentação eu quase tive um colapso nervoso. Com toda a minha timidez, subir num palco e tocar na frente de uma multidão não é algo que faço com a maior facilidade. Para completar, fomos escalados para tocar na etapa do centro da cidade, onde havia mais gente (a cada fim de semana havia eliminatórias em diferentes partes de Jundiaí).

Ah, um detalhe a respeito do nome da banda! Era véspera do dia da nossa apresentação e não tínhamos um nome para colocar na ficha de inscrição. Foi então que eu apareci com o nome Clepsidra! Uma Clepsidra, para quem não sabe (como você não sabe?!) é um relógio movida a água...

Ahhhhh... bom! E por que diabos dar o nome de um relógio para banda? Sei lá! A gente precisava de um nome e achei que esse soava bem. Na falta de algo melhor ficou esse mesmo. É bem verdade que um nome só pode ser aprovado depois da apreciação pública. Depois que o locutor anunciou o nome da banda a turma gritava: ¨Epilepsia, Epilepsia!¨.

Duas bandas saíram classificadas naquela tarde. Nenhuma delas era a gente, mas valeu como experiência e como desafio. Vale também ressaltar que de todos o Murilo foi quem melhor segurou a onda encarando o público. Confira:



Tava na cara que a gente precisava de outro nome. Depois do festival a gente mudou para Watt Destilado. Conto isso no próximo capítulo. Só estou adiantando porque coloquei esse nome no vídeo acima, quando a banda chamava-se na verdade Epilep... Clepsidra. Melhor esquecer.

»Arquivo:

I - O Ensaio
II- Quem escolheu quem
III- A invenção da roda
IV- Paranoid, of course!
V- A conspiração
VI - E fez-se...A Cachaça
VII - Isso vai dar merda! 
VIII - O baterista de Cristo
IX - O baterista fantasma