26.10.08

Enquanto a banda passava...

X - Epilepsia
Bônus: outro vídeo

Com a furada do Gustavo, voltamos a colocar anúncio na lojinha de instrumentos. Em apenas alguns dias um figura me ligou e disse que estava interessado em tocar. Naquela época eu pensei que a coisa ia complicar, pois não se tratava de um amador com uma bateria reformada. O baterista, chamado Caio Mathion, tinha uma bela Mapex e muito mais experiência do que todos nós juntos.

Um acerto aqui e outro ali, passamos o repertório para o Caio e em poucas semanas estavamos já bem entrosados. A chegada do Caio deu outro salto de qualidade na banda, porque todos passaram a se esforçar ainda mais. O cara mostrou que não estava para brincadeiras mesmo.

Tanto que nossos ensaios passaram da minha casa para casa do Caio e aconteciam religiosamente às nove da manhã do domingo. A mãe dele era um anjo, bem como a vizinhança!

Aproveitando o embalo, resolvemos nos inscrever no festival de música, chamado ¨Jundiaí Canta Encanto¨. Só podiam participar bandas com músicas inéditas e, apesar de já ter ¨A Cachaça¨ pronta, decidimos que aquela música não continha um linguajar muito apropriado para um festival em que as pessoas compareciam com a família. Nota: Porque diabos a gente não inscreveu A Cachaça???

Foi então que eu e o Pablo, numa madrugada chapada, compusemos uma outra música usando uma letra que eu havia escrito. A letra, por sinal, era bastante introspectiva. Não era uma melodia lá muito fácil de se encaixar a bateria, mas o Caio fez um bom trabalho.

E assim foi feito. No dia da apresentação eu quase tive um colapso nervoso. Com toda a minha timidez, subir num palco e tocar na frente de uma multidão não é algo que faço com a maior facilidade. Para completar, fomos escalados para tocar na etapa do centro da cidade, onde havia mais gente (a cada fim de semana havia eliminatórias em diferentes partes de Jundiaí).

Ah, um detalhe a respeito do nome da banda! Era véspera do dia da nossa apresentação e não tínhamos um nome para colocar na ficha de inscrição. Foi então que eu apareci com o nome Clepsidra! Uma Clepsidra, para quem não sabe (como você não sabe?!) é um relógio movida a água...

Ahhhhh... bom! E por que diabos dar o nome de um relógio para banda? Sei lá! A gente precisava de um nome e achei que esse soava bem. Na falta de algo melhor ficou esse mesmo. É bem verdade que um nome só pode ser aprovado depois da apreciação pública. Depois que o locutor anunciou o nome da banda a turma gritava: ¨Epilepsia, Epilepsia!¨.

Duas bandas saíram classificadas naquela tarde. Nenhuma delas era a gente, mas valeu como experiência e como desafio. Vale também ressaltar que de todos o Murilo foi quem melhor segurou a onda encarando o público. Confira:



Tava na cara que a gente precisava de outro nome. Depois do festival a gente mudou para Watt Destilado. Conto isso no próximo capítulo. Só estou adiantando porque coloquei esse nome no vídeo acima, quando a banda chamava-se na verdade Epilep... Clepsidra. Melhor esquecer.

»Arquivo:

I - O Ensaio
II- Quem escolheu quem
III- A invenção da roda
IV- Paranoid, of course!
V- A conspiração
VI - E fez-se...A Cachaça
VII - Isso vai dar merda! 
VIII - O baterista de Cristo
IX - O baterista fantasma

11 comentários:

Anônimo disse...

Dan...tá certo que vc tem uma família grande!!! Mas multidão não é um pouquinho demais não meu amor??? hahahaha

Ana disse...

Ieda, não é por nada, mas sabe que eu fiquei procurando quem é que teria gritado "Epilepsia", e tb não encontrei...
Mas vamos lá, Daniel...
Por incrível que pareça, eu acho mesmo que vcs tinham futuro!
O Murilo foi meio performático demais (para produção de menos), mas mostrou personalidade. Gostei do Pablo, achei que ele encarou numa boa e, o Caio fez realmente um bom trabalho. Tinha um baixista tb, como é mesmo o nome dele??? Meio tímido, mas td bem. Não deu pra entender a letra, mas senti uma vibe mezzo Tears of a Dragon, mezzo Fear of the Dark.
Pô, bem legal!
Beijos

Anônimo disse...

Ana...ele me mostrou o vídeo com uma multidão de 10...digo de 1000 pessoas na praça! Disse que vai postar este vídeo só com o público!
Tenho que refazer meu comentário...
Ahh o nome do baixista é...é...deixa pra lá!
beijos

Daniel Escobar disse...

Olha, eu vou manter a educação somente pelo fato de vocês serem as duas únicas leitoras desse blog (a Ieda se vê comigo em casa!!!).hahahahahaha!

Olha, vocês podem não acreditar, mas tinha um baaaita público lá. Não digo que estivessem para ver a gente...mas eles tavam lá. A culpa não era nossa!

Ana, acho que vc se traduziu bem a influência da música. Pelo menos na intenção! ;-)

Ta chegando perto do fim da história e da banda, já que essa história é igual a do Titanic...vc já sabe que o troço afunda, só não sabe como!

Ana disse...

Adendos:
1 - Nada de represália, Dani! Liberdade de expressão djá! Ou vc vai dizer que, ao fundo se ouvem os gritos de epilespsia????
2 - Não somos as únicas leitoras (a gente nunca sabe quem lê!), mas somos as mais assíduas, portanto, dá pra servir um cafezinho pra gente enquanto a gente tenta, mais uma vez ouvir a galera gritando epilepsia?
3 - Você sabia que epiléticos têm ausências mentais e, nessas ausências vêem e ouvem coisas? Teria o nome da banda sugestionado tais sintomas? Ou seria isso esquizofrenia???
4 - Brincadeiras a parte, eu não sou super fã de Iron, mas te juro por td que há de mais sagrado que, eu ouvi vcs tocando 3 x (a segunda pra tentar entender a letra e a terceira pra ver se ouvia a galera gritando, uivando ou xingando) e, depois, sem perceber cantarolei um pedacinho das tais musiquinhas do Iron.
5 - Quando vc escrever um comentário num blog e quiser acompanhar a resposta ao seu coment, é só selecionar a opção "E-mail follow up comments to" que tem logo abaixo do espaço onde digitamos nossos comentários. Aí vc recebe por e-mail e, não precisa fazer esforço pra lembrar que blog comentou e onde. Não sei se vc sabia dessa, mas, é assim que tenho acompanhado quando vc responde meus comentários aqui no Sierra!
6 - E último por hoje: Só admito sem muita lamentação o fim da Epilespisa, Calepsidra ou Watt Destilado porque sei que se tornou um jornalista bem sucedido e muito feliz. Ou, sei lá, porque largar a banda impediu que vc descambasse de vez pro munto do sexo, drogas e rock´n´roll!!!
beijo enorme pro casal e pro pequeno Ollie!

Anônimo disse...

É mentira!!!! Eu acompanho essa história só na miuda pra ver se o Daniel não fala demais, kkkk....

Abraço,
Pablo.

Anônimo disse...

Ah... não posso deixar de comentar sobre a performance do Murilo:
Como vocalista ele é um ótimo "rodie" hehehe... Enrolou 50 metros de cabo de microfone em 7minutos!!!

Pablo.

Daniel Escobar disse...

Ok, diante dos fatos vou ter refazer alguns conceitos...

Primeiro que com a aparição do Pablo a Ana e a Ieda deixam oficialmente de ser as únicas leitoras do blog...

Ana, a idéia do cafezinho foi encaminhada para deliberação na diretoria do blog (só aparecer mais um leitor que eu já me acho!)

Pablo, fala pra elas que havia quase um rock n´rio assistindo a gente...bem, não era bem isso...eram mais tiazinhas voltando da feira e office boys com pastinhas passando...mas era público.

Quer saber...eu vou é matar a cobra e mostrar o...ah, deixa pra lá. Em breve eu posto as provas desse dia. Vocês verão.

Acho que os sintomas da epilepsia estão voltando, Ana! aahahahah

Anônimo disse...

O nome da banda, pelo menos nesse dia, poderia ter sido epilepsia mesmo...hehehehe.... devido a tremedeira de todos. Claro que não era nervosismo pela primeira apresentação, muito menos pela quantidade de pessoas assistindo... eu tenho certeza que era abstinência alcoólica. rs

Quanto ao público... é verdade!!! Havia uma multidão!!! Eu tive vontade de tirar a roupa por causa da euforia da mulherada. Só não o fiz porque tinha uma banda composta por um viado (esse com uma semente de melância colada na testa) e 3 freiras (era isso mesmo Escobar?). No final quando essa banda se classificou eu me arrependi de não ter feito... Devia ter matado as véias do coração... acho q a gente se classificava... hehehehe...

Rock N' Roll Life....

Pablo

Ana disse...

Aperta, Daniel, que mais um anônimo aparece...Certeeeza!!!!
Só que, como o Ibope tá alto, acho bom vc introduzir histórias de bastidores como, por exemplo a conversa pós - show a respeito da performance (?!?!) do Murilo, bem como sobre essa banda aí das freiras e o gay!
Mas, fala sério...nem vc achou que esse post traria tanta audiência né???
beijão

Anônimo disse...

Eu também tenho acompanhado essa história, afinal, eu estava la né, no quarto ao lado, ouvindo a barulheira que faziam....hehehehe.
E até no dia do canta e encanta eu fui, e realmente, não era assim algo de dizer: Nooooooossa como estava lotada a praça da catedral. Mas tinham algumas pessoas passando, velhinhas saindo da igreja, o pipoqueiro....e a familia, claro.

beijos Dani e cunhadinha