7.10.08

Enquanto a banda passava...

IX - O baterista fantasma

Com a fórmula para arrumar um baterista na cabeça, liguei para o Gustavo e perguntei se, por acaso, a gente arrumasse uma bateria ele estaria disponível para tocar conosco. Ele concordou e lá fomos nós fechar o acordo. Marcamos um meio ensaio na casa do garoto que respondera ao anúncio e levei comigo meu velho baixo cavernoso para negociá-lo.

Passamos uma música ou duas (vale registrar que os caras adoraram a voz do Murilo e quase queriam marcar um ensaio só com ele; esse meio é fogo!) e fomos fazer negócio. Trocamos no mano a mano os instrumentos musicais. Recolhemos os cacos da bateria velha, jogamos dentro do carro e nunca mais voltamos na casa do baterista de Cristo. Deve estar fazendo sucesso em alguma Universal do Reino de Deus por aí.

Enfim. Com eu não andava fazendo p%#*ra nenhuma naquela época, separei alguns dias de vadiagem só para reformar a bateria. Modestia parte fiz um trabalho de respeito. Lixei e pintei as partes de metal e dei um trato na madeira, bem como nas peles. Mas quem colocou a, digamos, cereja no bolo foi o Murilo. Ele comprou um set de pratos novinhos e um pedal para o bumbo maneiríssimo. Dava gosto de ver aquela bateria.

Agora era só o Gustavo sentar na bateria, mandar ver e a gente alcançaria o estrelato, certo? Errado. Ao contrário do Pablo, Murilo e eu, o Gustavo não entrou com o mesmo entusiasmo na banda. Aparecia para um ensaio, faltava em outro, no próximo ficava só até a metade. E o pior é que se aproximava um festival de bandas em que a gente queria tocar e precisava trabalhar sério em uma música para participar.

Assim como no caso do baterista mirim, coube a mim despedir o Gustavo. Na época a gente estudava juntos na PUC (eu no jornalismo e ele na publicidade) e já era amigões a muito tempo. Por isso eu estava preocupado em não deixar que aquela coisa da banda azedasse a nossa amizade. Expliquei a situação toda e acho que ficou melhor para todos. Afinal - apesar do trocadilho infame - se todos não estiverem no mesmo ritmo uma banda não funciona.

Agora eu tinha uma bateria no meu quarto, o que era bem legal. Mas ainda faltava arrumar um "MALEDETO" baterista. Isso estava começando a se tornar complicado. E nós realmente queríamos tocar no festival que se aproximava.

»Arquivo:

I - O Ensaio
II- Quem escolheu quem
III- A invenção da roda
IV- Paranoid, of course!
V- A conspiração
VI - E fez-se...A Cachaça
VII - Isso vai dar merda! 
VIII - O baterista de Cristo

3 comentários:

Ana disse...

Puts...eu conheço pelo menos 3 caras que atenderiam aos pré - requisitos para baterista da banda de vocês. Pena que existe uma certa diferença cronológica das realidades!!!
Detalhes...rs
Mas e o festival? Por sinal, a banda já tinha nome????
Curiosa!!!!
Aliás, eu queria te parabenizar, porque eu fuço um monte de blogs por aí e, são raros os casos de blogueiros empolgados que escrevem quase que diariamente como nós (tudo bem que existe um abismo entre a qualidade do seu texto e, do meu projeto de quase rasc unho, mas pelo menos eu tento!). Adoro ter esse momento relax para quando meu dia de trabalho atinge o "VDO" do meu velocímetro(puuuts, essa é velha!)...
Beijo enorme

Anônimo disse...

Ahhh Ana...o nome da banda (o primeiro...) é inacreditável! Espere pra ver!
beijão

Daniel Escobar disse...

Calada, Ieda!!! Doida pra estragar a surpresa. No próximo capítulo vou incluir um vídeo, Ana, que vai explicar bastante a respeito do nome da banda e o que aconteceu no festival.